segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Me encontre ou deixe eu te encontar


Todos nós sabemos da importância que é ter alguém ao nosso lado. Alguém que complete tudo aquilo que falta em nossa vida. O amor assume inúmeros significados e expressões ao longo da história da humanidade. Para Freud o amor está presente em toda motivação humana; para Nietzsche o amor se faz no “eterno retorno“, todo prazer retorna à dor; para Shakespeare todo amor termina em tragédia; para Chaplin o amor é uma das mais belas frustrações… Você deve conhecer pelo menos uma definição de amor que, seja na voz do poeta ou do filósofo, é retratado nos duelos do amor e do ódio, gladiadores que coexistem de mãos dadas, restando à indiferença o oposto do amor.

Quem nunca se apaixonou ainda irá. Quem já se apaixonou já sentiu dor e desespero que pareciam infindáveis. Outros ainda estão felizes, mas o amanhã é o eterno retorno. Alguns se rebelam contra o amor, revelam o ódio sem saber que este é amor em estado mais intenso. Ainda, tem os que acham que não sofrerão novamente por amor… até o próximo encantamento. Amor que pode expressar alegria e tristeza, dor e prazer, bem e mal, vida e morte. Seja na arte, na música, na literatura, na dança, etc.

O amor é assunto oculto na sociedade das massas apressadas e vazias. No mundo líquido* nossas relações podem ser medidas em poucos dias, quando não muito em horas. Nos divertimos, saímos com amigos eufóricos e barulhentos, bebemos e freqüentamos festas, nos apresentamos sorridentes e felizes, as vezes saímos à dois, e não muito difícil, na cama dos desejos, uma irrealidade e um sentimento de vazio se instalam. A vida líquida escorre em sentimentos fantasmagóricos, mas entre a apatia e a satisfação acabamos por esquecer, dormimos, amanhã é um novo dia, o eterno retorno.

Mas se o amor pode tornar-se dor será que devo evitá-lo? Só podemos ser felizes se encontrarmos a outra “cara-metade”? Como se recuperar de um amor não correspondido? Amor incondicional existe? – Não irei responder, mas é sobre isso que pretendo falar… Por quê?

Penso que temos muita magia, poesia e encantamento para tratar o assunto, mas poucas tentativas foram feitas no sentido de levar o assunto à sério. Tentamos passar nossos pensamentos, imagens e sentimentos em forma de palavras mas não temos palavras para isso, apenas realizamos uma falsificação da realidade.

Por outro lado, na história são inúmeros os casos de homicídios e suicídios tendo como cenário o amor romântico. Atualmente também é comum as práticas de assassinatos, suicídios, seqüestros, agressões físicas graves entre outras formas desequilibradas de homens e mulheres expressarem dor e egoísmo gerados pelo amor não correspondido. Mudam os cenários, os personagens e o enredo, mas as tragédias shakesperiana permacerão ao longo dos séculos. – Penso que devemos levar mais à sério o amor romântico, do contrário, estaremos contribuindo para a formação de seres humanos neuróticos além do natural.

Retirado de:http://www.logdemsn.com/2008/01/17/vamos-falar-de-amor-

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